Com o advento da ultrassonografia, ocorreu uma grande evolução no acompanhamento pré-natal, tanto o de risco habitual quanto o de alto risco. Por se tratar de um instrumento não invasivo, fácil de se encontrar e de baixo custo, tornou-se o método de escolha para se realizar o acompanhamento pré-natal.
Com o advento da ultrassonografia, ocorreu uma grande evolução no acompanhamento pré-natal, tanto o de risco habitual quanto o de alto risco. Por se tratar de um instrumento não invasivo, fácil de se encontrar e de baixo custo, tornou-se o método de escolha para se realizar o acompanhamento pré-natal.
A organização mundial da saúde (OMS), preconiza pelo menos 3 exames ultrassonográficos durante o período gestacional:
- Entre 11 e 14 semanas (1º trimestre)
- Entre 20 e 24 semanas (2º trimestre)
- Entre 32 e 36 semanas (3º trimestre) Na prática obstétrica, pode se realizar outros exames dependendo da evolução da gestação ou suspeitas clínicas de outras alterações. Resumidamente iremos explicar quais os achados ultrassonográficos em cada período da gestação.
1º trimestre:
- O exame pode ser realizado antes de 11 semanas (por via endovaginal), neste caso a partir de 6/7 semanas já é possível visualizar o embrião, confirmar gravidez múltipla, mensuração de colo (para ver risco de abortamento), avaliação uterina e de ovários, batimento cardíaco, melhor datação da gestação e hematomas.
- O exame entre 11 semanas e 13 semanas e 6 dias, é o exame para se avaliar o risco de cromossomopatias (principalmente a síndrome de Down). Preferencialmente é realizado por via abdominal, e medimos a transluscência nucal, visualizamos o osso nasal e podemos realizar o estudo Doppler do ducto venoso, entre outros, para avaliarmos o maior risco de alterações genéticas. Nesta fase conseguimos visualizar o tubérculo genital, que nos dá uma porcentagem a respeito do sexo (80% de acerto).
2º trimestre:
- A partir de 18 semanas o sexo já é visualizado com certeza.
- Entre 20 e 24 semanas, é o período melhor para se realizar o exame morfológico. Este exame é mais demorado e preciso em relação aos outros exames, pois neste período, devido ao tamanho do feto e da quantidade de líquido amniótico, temos a melhor visualização dos órgãos fetais e afastamos as má formações estruturais mais importantes.
3º trimestre:
- Entre 32 e 36 semanas, visualizamos a posição fetal, peso estimado, quantidade de líquido, maturação placentária, entre outros.
Nesta fase como em outros períodos, o obstetra pode pedir exames mais específicos, como o estudo Doppler, para ver risco de pré eclampsia ou crescimento restrito do feto (quando o bebê não desenvolve corretamente). O estudo Doppler avalia os vasos sanguíneos, tanto maternos quanto fetais, o nos dá a informação sobre o aporte nutricional e funcionamento vascular. Pode ser realizado tanto em gestações normais, mas preferencialmente em pacientes hipertensas e diabéticas, entre outras comorbidades.
Pode -se realizar o estudo do líquido amniótico (ILA-mensuração do líquido) e do perfil biofísico fetal (PBF), para vermos a vitalidade do feto.
O estudo 3D/4D, para vermos a estruturas superficiais do feto, deve ser realizado entre 26 e 30 semanas, pois ainda temos líquido suficiente e o feto apresenta tecido gorduroso mais abundante, o que melhora a imagem.
Finalizando, o ultrassom tem nos ajudado de maneira importante no acompanhamento pré-natal, tanto para tranquilidade dos obstetras quanto para os pais. Lembramos que este é um método complementar, mas que não substitui um pré-natal bem acompanhado por seu obstetra e que os exames devem ser solicitados, por um profissional habilitado, que sabe o tempo correto dos exames e que já faça o acompanhamento da gestante, pois cada caso é único e não existe padronização completamente estabelecida.